A Amante Capítulo 2
Ana já estava na cidade e seu sonho estava apenas começando...
Cacilda morava no bairro da Malhangalene, zona bem movimentada e totalmente diferente de onde Ana vinha.
O apartamento era no segundo andar.
Durante o caminho, Ana não parava de olhar para os lados e acompanhava cada andar dos prédios com os olhos até onde podia.
Chegando a casa, Ana se instalou num dos quartos e logo tratou de tomar um banho e descansar.
No dia seguinte, como o habitual, Ana acordou logo cedo por volta das 5 horas da madrugada... Saiu do quarto e já procurava algo para fazer.
Ao ouvir o barulho, Cacilda acabou despertando e foi ver o que estava acontecendo.
Cacilda - Bom dia minha filha, não precisas acordar tão cedo... vá descansar mais um pouco!
Ana - Não estou com sono avó... estou só a tentar ver o que posso fazer.
Cacilda - Está bem, mas não precisas acordar muito cedo...
Ana estava habituada a acordar cedo para lhe dar com as inúmeras tarefas que lá haviam (na casa dos pais).
Mas na cidade já não era necessário... era uma flat e não dispunha de tanto trabalho assim.
Aos poucos, Ana foi se adaptando a nova rotina e paulatinamente foi conhecendo os locais onde Cacilda constantemente fazia suas compras e chegou uma altura em que já fazia tudo pessoalmente.
O corpo de Ana já começava a chamar atenção dos senhores do prédio e por onde passava, buzinas de carros e olhares estavam voltados à si.
Ana ainda não estava muito a par do que estava a acontecer. Era muito ingênua e não percebia o estrago que fazia nas ruas.
Numa das idas ao mercado, Ana conheceu Armando, um jovem muito simpático que morava arredores.
Ana nunca havia percebido mas estava na mira de Armando há um bom tempo.
Armando era bom de lábia e Ana era um alvo bem fácil (ingênua e recém chegada no bairro).
Armando - Olá moça, tudo bem?
Ana - Tudo e contigo?
Armando - Também está tudo bem... posso lhe acompanhar?
Ana - Sim, não faz mal.
Durante o percurso muito papo foi rolando e de certa forma acabaram ficando amigos, e na volta Armando comprou um sorvete para Ana.
Ao voltar para casa e já sem a companhia de Armando, Ana encontra Vitor. Um jovem (filhinho da mamãe) muito rico de 29 anos, que morava na cobertura do prédio ao lado com os seus pais.
Vitor - Olá moça, como estás?
Ana - Estou bem e você?
Ana era muito simpática, o que confundia muito as pessoas que se dirigiam a ela.
Vitor - Também estou bem. Podemos conversar?
Ana - Desculpa, não posso, minha avó está esperando pelas compras.
Vitor- Está bem, então posso ficar com o teu número?
Ana - Infelizmente não tenho telefone.
Parecia meio estranho uma jovem naquela idade não ter nem sequer uma "bombinha" para se comunicar.
Vitor não pensou duas vezes... Meteu a mão no seu bolso, tirou um celular que usava e colocou na mão da moça.
Foi quando Ana começou a juntar os pontos... as buzinas, os olhares, o voluntarismo para lhe acompanhar... Então percebeu realmente o potencial que tinha.
Continua...
Escrito por Edson Almirante