QUINTO CAPITULO
– Querida, pode se
animar? Está assustando os outros passageiros.
– Desculpe, não consegui dormir muito.
Estavam na fila para despachar as malas
no aeroporto e, às 4h da manhã, sentia-se praticamente uma morta-viva.
Os últimos dias fizeram-na querer
colocar sua vida de volta no rumo. Era hora de seguir em frente. Permitiu que
sua experiência com Joe Carnegie atrapalhasse o que quer que pudesse ter tido
com Serge Marinov. Ele também era culpado. Se tivesse sido menos enérgico, ela
poderia ter sido capaz de considerar seu convite. Em vez disso, ambos haviam
batido em uma parede de expectativas. E ele seguiu em frente.
– Ainda pensando no bruto lindo? –
comentou Luke detrás dela, apoiando o queixo em seu ombro. – Pensei que ele
fosse me arrebentar ontem.
– Sinto muito por isso. Não queria
envolver você.
– Ele parece muito interessado em você,
Clem.
– O quê? Não, está tudo acabado.
– Tudo bem. Mas eu não sei se ele
concorda.
Ela franziu o cenho e avançou na fila.
Por que Luke falava no presente?
– Clementine – disse uma voz russa
profunda e masculina.
Serge. Tão perto que não sabia para
onde olhar. Então olhou para cima e mergulhou em seus olhos novamente.
Acontecia toda vez e não sabia por quê. Sua respiração ficou presa. Não sabia o
que dizer.
Ele sorriu.
– Venha comigo agora para Nova York, kisa.
Ir com ele?
– São suas malas?
Para sua surpresa, um jovem de terno e
gravata pegou sua mala e bolsa de viagem.
– Só um minuto, essas são as minhas
coisas!
Serge gesticulou, e o rapaz parou no
meio do movimento.
– Você mudou de ideia? – perguntou
sorrindo.
– Não, eu...
Ela olhou ao redor para encontrar Luke
acenando loucamente.
Clementine revirou os olhos.
– Talvez você queira dizer adeus ao seu
amigo e então se juntar a mim.
Os olhos de Serge se estreitaram em
Luke. Clementine já reconhecia aquela expressão.
Ele estava com ciúmes. O que a
lembrou...
– E sua namorada?
– Sto?
Ele parecia genuinamente intrigado.
– Noite passada. Lembra? Sua
acompanhante. Ou há tantas que você se confunde?
Luke riu.
– Raisa é uma amiga, nada mais.
Ele, na verdade, soou um pouco
ofendido, como se não pudesse acreditar que estavam tendo essa conversa.
A senhora à frente dela olhou para
Serge.
– Não confie nele, querida. É bonito
demais.
Bonito demais. Era um eufemismo. Ele
era um cossaco grande, forte e lindo.
Clementine mordeu o lábio. Era
engraçado e, tinha que admitir extremamente emocionante.
Ela merecia um pouco de diversão...
Sentira-se como uma menina novamente em vez da mulher cautelosa que tinha se tornado.
E ele estava lá. Fora atrás dela. Era
ridículo considerar isso romântico, mas considerava. Era a coisa mais romântica
que já tinham feito por ela.
– Tudo bem – disse, jogando-se do
trampolim emocional. – Por que não?
Serge olhou satisfeito, e Clementine
notou, um pouco sem fôlego, que o olhar dele passeou por seu corpo, mas ela
decidiu ignorar. Agora ela só queria se divertir em seu momento romântico.
Ele ofereceu a mão e ela aceitou,
sentindo-se completamente íntima.
– Eu ligo quando chegar – disse ela a
Luke, que estava sorrindo e olhando para Serge.
– Faça isso, Clem. Divirta-se.
Andaram somente algumas centenas de
metros quando ela percebeu que estavam se afastando do terminal público.
– Onde estamos indo?
– Meu avião, kisa.
– Seu o quê?
– Jatinho particular.
Serge olhou-lhe e recebeu um olhar de
completo espanto.
Ela afundou em seus saltos quando
deixaram o terminal e chegaram à pista. Nervos à flor da pele. Ela puxou a mão.
– Serge, preciso esclarecer algumas
coisas antes.
Ele olhou para ela com impaciência.
– Podemos discutir a bordo.
– Não, precisamos discutir isto agora.
Eu tenho...
Não sabia como se expressar.
– Eu tenho alguns termos e quero me
certificar de que você concorda com eles. Eu não quero quaisquer
mal-entendidos.
Ele lhe deu um olhar de descrença
absoluta.
– Você não pode estar falando sério?
Seu coração saltou. Será que ele
quebraria o acordo?
– Falo sério – disse ela mais irritada.
– Não quero ser tratada como uma garota qualquer.
Ele fez um som de profunda frustração.
– Eu não tenho nenhuma intenção de
tratar você como nada que não uma lady. Francamente, Clementine, na Rússia não
fazemos as coisas assim.
Confusa, olhou para ele. Serge iria
tratá-la como uma
lady? Não deveria ele considerá-la uma lady?
De repente, tudo parecia muito difícil,
e ela decidiu deixar para lá. Estava deduzindo demais sobre tudo o que ele
dizia por que tinha dificuldade de confiar em alguém. Não era justo com Serge e
não queria estragar as coisas antes de sequer começarem.
– Podemos discutir os seus termos
quando estivermos sozinhos, kisa –
disse ele secamente. – Mas posso garantir que não haverá nenhum
“mal-entendido”.
Ela colocou a mão suavemente em seu
peito. Era tão rígido, e podia sentir a movimentação dos músculos quando ele
respirou fundo. Ela o afetava e isso a excitou, porque correspondia ao seu
próprio desejo por ele.
Deu um suspiro quando Serge deslizou o
braço em torno de sua cintura e pegou-a nos braços.
– Serge!
A súbita proximidade física a envolveu
e ela derreteu em uma confusão de hormônios e desejo.
Ele a carregou como se ela não pesasse
nada. Algo há muito tempo adormecido dentro de Clementine saltou em resposta à
sua ostensivamente masculina exibição de força física e domínio. Ele estava
assumindo o controle dela e nitidamente seu corpo gostava.
Serge experimentou uma satisfação
primitiva em tê-la em seus braços. Estava trabalhando para isso desde que a
seguiu no Nevsky. A ardilosa Clementine, que era tão retraída, só o fazia
querer mais.
Esses termos dela... Nenhuma mulher
fizera uma demanda assim. Será que ela imaginava que ele não iria cobri-la de
presentes? E quão alto era o preço de seus favores? Não que isso realmente
importasse; nesse ponto, ele estava disposto a pagar qualquer preço.
– QUANTO CUSTA tudo
isto?
Clementine estacou e fez um 360 quando
adentrou o saguão do hotel. Adicionando a limusine do aeroporto JFK e os
seguranças os seguindo em outro carro, sem esquecer-se do avião particular, o
mundo estava começando a se parecer com o do Mágico de Oz.
Serge esperou, os escuros olhos verdes
sobre ela, a mão estendida em um gesto para se juntar a ele.
– Tudo bem, desembuche. – Ela deslizou
a mão na dele como se acompanhasse homens ricos e poderosos em hotéis todos os
dias da semana.
– Esta gestão esportiva... Quem você
gerencia?
– Não quem, kisa,
o quê.
Ele parecia se divertir
– Tenho uma empresa que transmite e
promove lutas de boxe e MMA.
– Uau! Isso é... Uau.
– Estou recebendo uma vibração
impressionada de você, Clementine.
Durante as 12 horas de vôo, Serge fora
um anfitrião exemplar, cuidando das necessidades dela antes de se voltar para
trabalhar em seu laptop. Mas Clementine estava definitivamente percebendo um
Serge mais brincalhão agora que estavam em terra firme.
Ele a conduziu até o elevador e as
portas se fecharam para o resto do mundo.
– Isso explica muita coisa.
E lá estava aquele sorriso particular
que ele estava esperando.
Ele gentilmente jogou o cabelo dela
sobre o ombro e disse em voz baixa, perto de seu ouvido:
– E o que isso explica Clementine?
Ela se arrepiou em resposta.
– Toda a testosterona. É por isso que
você foi capaz de repelir aqueles caras. Você sabia o que estava fazendo.
Sua voz estava abafada.
– Desde que conheci você, kisa,
tem sido a única coisa de que tenho certeza.
Sua confissão, feita apenas para provocá-la,
de repente parecia um fato absoluto.
Ela piscou lentamente.
– Você não tem certeza sobre mim?
– Clementine, tenho a sensação de que
nenhum homem jamais teve.
A mão dele se moveu em torno de sua
cintura. Ele se inclinou e lhe deu um momento para aceitar que ia beijá-la,
então de repente sua boca estava quente e se movendo rápido contra a dela,
saboreando-a, dando-lhe pouco tempo para recuar.
Serge a puxou contra ele e Clementine
se derreteu. Ela gemeu e deslizou os braços ao redor do pescoço dele, impotente
contra os sentimentos que ele estava alimentando nela.
As portas se abriram, e Serge
interrompeu o beijo. Durara apenas alguns momentos, mas parecia uma eternidade,
e Clementine não podia acreditar que ficou tão arrebatada com um beijo. Boca
trêmula, mamilos enrijecidos pressionando contra a renda do sutiã. Seu vestido
de seda se levantara sobre as coxas e sentiu o cabelo emaranhado e confuso
pelas mãos dele.
Ela o viu usar um cartão-chave na
porta, tentando limpar a cabeça. Serge conduziu-a para dentro com a mão em suas
costas. Precisava manter a cabeça limpa, se fosse navegar por essas águas.
– Uau – disse inadequadamente, enquanto
adentrava no quarto absolutamente luxuoso. – Isto é incrível.
A extravagância da suíte do hotel era
outro lembrete de quem Serge era exatamente. Um homem rico. Que poderia comprar
qualquer coisa para estar feliz.
Sem dúvida, incluindo as mulheres.
Mas não aquela mulher. Ela precisava
deixar isso muito claro para ele. De alguma maneira.
– Não estou tão impressionada, sabe?
Dinheiro não me impressiona.
– O que impressiona
você, Clementine? – Ele estava sorrindo para ela, aquele grande e preguiçoso
sorriso masculino russo, como se soubesse algo que ela não sabia.
– Honestidade – respondeu ela. –
Sinceridade.
O sorriso desapareceu. Ela o tinha
surpreendido.
Seu pulso estava acelerado quando
atravessou os ambientes... Sala de estar, sala de jantar com capacidade para 24
pessoas, além do piano meia cauda.
– Você toca kisa?
– De ouvido. – Ela ergueu o olhar para
sua expressão aquecida, uma onda de doce excitação banhou seu corpo.
Clementine se afastou do piano,
percebendo que Serge a media com o olhar. Precisava se controlar diante desse
homem. Precisava continuar com as brincadeiras, segurá-lo um pouco mais até
retomar o controle. Acenando para ele com um dedo, sorriu.
– Vamos ver o que mais podemos
encontrar.
Seu coração estava martelando quando
ela entrou no quarto, sabendo que seu tigre siberiano a seguia.
Bochechas rosadas, respiração rápida,
ela colocou a cabeça na porta do banheiro da suíte.
– Agora, aquela é uma banheira grande.
– Gostaria de fazer uso, Clementine? –
perguntou ele, atrás dela.
– Não agora.
Ficou espantada com a firmeza em sua
voz.
Ela sentiu o corpo dele a centímetros
do dela e ficou tensa. Precisava ficar atenta.
Sentiu suas forças desmoronarem e, de
repente, sabia que não podia fazer isso. Entrou em pânico e se afastou.
Há alguns dias se perguntou se podia
lidar com ele. Estava descobrindo rapidamente que sua resposta era não. Um
sonoro não.
Levantou a mão como se fosse
interromper o tráfego.
– Espere um minuto, acabamos de chegar.
– Sua voz soava ridiculamente feminina. – Que tal um jantar e um filme
primeiro?
Ela podia sentir o calor vindo do corpo
dele, sua respiração, enquanto o peito subia e descia a apenas alguns
centímetros do dela. Ele deslizou uma das mãos em torno de sua cintura,
puxando-a para ele, sorrindo maliciosamente, e ela percebeu que Serge não ia
levá-la a sério.
– Ei. – Ela empurrou seu peito com uma
das mãos e puxou seu braço com a outra. – Não estou brincando, cavalheiro. Pode
tirar a mão.
Ela não podia estar falando sério. Ele
franziu a testa. Por tudo que era mais sagrado, ela estava falando sério. Serge a soltou
lentamente, mas Clementine recuou tão rápido que colidiu no batente da porta,
batendo a cabeça.
Trazendo a mão para esfregar o local
dolorido, piscou para ele com cautela.
– Eu disse jantar e filme – repetiu
teimosa.
Manteve os olhos nos dele,
desafiando-o.
Clementine não era novata, mas Serge
Marinov era mais experiente que ela. Simplesmente não se sentia pronta para
perder o controle e o beijo no elevador fora bastante significativo. Esse homem
poderia sem a menor dificuldade aniquilar toda a sua inibição e,
definitivamente, ela não queria acordar na manhã seguinte com um bilhete sobre
o travesseiro agradecendo, dizendo que entraria em contato.
Não era uma mulher ingênua. Tinha a
impressão de que Serge a via como muito mais sofisticada do que realmente era,
e ela precisava falar com ele sobre isso. Jantar era uma excelente ideia.
– Jantar e filme? Estes são seus
termos, kisa?
Clementine queria dizer que sim, mas
ficara abalada com o que acontecera e não era justo com Serge continuar com o
flerte quando ela claramente não seguiria adiante.
– Não são termos. Eu apenas pensei que seria
bacana – disse ela. – Normal.
Bom. Normal. Serge estava tentando
entender o que estava acontecendo. Uma hora ele era atraído por uma sereia para
o quarto, e na seguinte, naufragava nas rochas.
Ele foi jogado de volta para aquele
café em São Petersburgo, sentindo-se como um bandido por perturbar Clementine.
Ou ela estava jogando de modo muito inteligente ou ele entendera tudo muito
errado. Se havia entendido errado e a Clementine insegura que continuava
aparecendo em momentos inoportunos era a real, o homem tradicional russo
escondido não muito abaixo de sua sensibilidade moderna ia ter um dia cheio.
De qualquer maneira, não ia apressá-la.
Faria a ambos um desserviço. Especialmente se o que estava entre eles se
revelasse tão incendiário como suspeitava que seria.
CLEMENTINE DEPOSITOU suas roupas em um dos quartos de
hóspedes, perguntando o que diabos pensava que estava fazendo. Serge se trocou
e disse que passaria algumas horas na academia. Voltaria para levá-la para
jantar às 19h.
Ela possuía a esperança de passar um
tempo em sua companhia antes, mas por suas ações nessa tarde, não se sentia em
condições de tentar dissuadi-lo. Ele disse algo sobre ter algum excesso de
energia para liberar.
Guardando a última de suas camisetas,
ela se estatelou na cama de hóspedes e alisou a colcha de cetim dourado. Estava
definitivamente na terra do luxo, com um homem que mal conhecia. Porém havia
uma grande parte dela que gritava, enquanto se jogava da ravina rochosa que
sabia que essa semana com Serge seria. Ele quase a jogou consigo na corredeira
essa tarde, mas ela empacou no último minuto.
Clementine, a cautelosa. Ela fez uma
careta para o apelido que Luke lhe deu e olhou o relógio. Serge saíra há uma
hora. Sorrindo para si mesma, começou a se despir.
SERGE REPETITIVAMENTE martelou a luva no saco, saboreando o
impacto. Ele não podia acreditar na cena que teve com Clementine. Levara-o de
volta aos 17 anos, quando não tinha certeza se estava tudo bem colocar a mão
sob a blusa de uma menina, se ela não havia explicitamente dado permissão.
O suor o cegou, e ele interrompeu os
socos. Afastou-se do saco e pegou uma toalha, esfregando-a no rosto. Em
seguida, atirou-a sobre o ombro e procurou sua garrafa de água.
– É isto que você está procurando? –
Clementine apareceu na frente dele, oferecendo a garrafa com um pequeno
sorriso.
Ela usava um minúsculo calção vermelho
e um top branco, e seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo.
– Obrigado.
– Posso tentar? – Ela indicou o saco de
pancada.
– Pode ser um pouco difícil para você –
respondeu ele, tentando não espiá-la. Clementine estava ciente disso, a julgar
por seu sorriso.
A Clementine provocativa estava de
volta.
– Apenas me dê uma luva.
Ele foi buscar um par menor e a ajudou
a vesti-las, observando sua expressão enquanto ela tentava não acariciá-lo tão
obviamente com o olhar. A vontade de puxá-la contra ele era muito forte.
– Chegue perto – instruiu ele. –
Pequenos socos. Mantenha os cotovelos levantados. Isso... Não recue.
Sua concentração era absoluta. Ela
estava levando realmente a sério. O olhar dele caiu momentaneamente na curva
superlativa de suas nádegas. Ela descera para desfiar as últimas fibras de seu
autocontrole?
Ela deu um oomph quando o saco oscilou para trás e a
acertou nas nádegas. Deitou-se no tapete rindo, olhando-o. Enquanto
observava-o, ele tirou a camiseta suada que estava trajando e ficou apenas com
o short largo que mal se segurava em seu quadril magro. Algo mais estava
acontecendo e fez o riso de Clementine virar um profundo suspiro de satisfação
feminina. Seus ombros, peito e costas eram musculosos, e havia uma névoa de
cabelo abaixo do umbigo que ela desejava acariciar com as mãos. Mas depois de
sua atuação no início do dia, não se sentia no direito.
Ele ofereceu a mão e ela aceitou. Com
um braço, Serge literalmente tirou-a do chão. Como exibição de força, foi
impressionante. Mas o que realmente a tirou o fôlego foi ficar de pé tão perto
de seu corpo. Ele correu aqueles olhos verdes por seu rosto e, em seguida, para
onde seus mamilos estavam claramente aparecendo.
– Vamos realmente esperar até depois do
jantar e do filme, dushka?
Sua voz passou por cima de Clementine
como veludo áspero. Ela lambeu os lábios. Não estava na ponta de sua língua
quando outras vozes surgiram e Serge virou-se xingando.
– Ops, academia pública – murmurou
Clementine.
– Vou tomar um banho – disse Serge. –
Você pode subir, mas mantenha a pouca roupa.
Ela estreitou os olhos e lhe deu um
empurrão no braço.
– Jantar. Mas vou perdoar o filme.
Ela tomou banho e colocou um vestido
vermelho e dourado. Era simples, mas poderia vesti-lo com sandálias de salto
alto. Colocou os cílios postiços e pintou os lábios de vermelho-rubi.
Ouviu a bolsa esportiva de Serge cair e
correu para encontrá-lo. Ele deu uma olhada em sua roupa e levantou as mãos.
– Eu me rendo Clementine. Jantar.
Ela sorriu.
Autor: Lucy Ellis